Jesus era Deus-homem. Ele era homem como se nunca houvesse sido Deus e totalmente Deus como se nunca houvesse sido homem. Por Sua própria escolha, Ele viveu sem pecado, obedecendo totalmente ao Pai. Por isso, a declaração bíblica de que o salário do pecado é a morte não se aplicou a Ele.
Por ser um homem finito e um Deus infinito, Jesus tinha a capacidade de levar sobre Si os pecados do mundo. Quando foi para a cruz, cerca de dois mil anos atrás, um Deus santo, justo e reto derramou Sua ira sobre o Filho. E, quando Jesus disse na cruz: “está consumado”, a justiça santa, justa e reta de Deus foi satisfeita. Naquele momento, Deus ficou livre para tratar com a humanidade em amor, sem ter de destruir o homem pecaminoso, pois, por meio da morte de Jesus Cristo na cruz, a natureza reta de Deus foi satisfeita.
Cristo não apenas morreu por nós, mas também morreu para o Pai. Isso está descrito em Romanos 3, em que Paulo fala sobre a expiação. Expiação significa satisfação de uma exigência. Quando Jesus morreu na cruz, Ele não somente morreu por nós, mas também morreu para satisfazer as santas e justas exigências da justiça divina.
Um incidente ocorrido há vários anos na Califórnia ilustra bem a obra de expiação. Uma jovem foi detida por um guarda, por excesso de velocidade. Ela foi multada e teve de comparecer perante o juiz como estabelece a lei local. O juiz leu a acusação e indagou: “você se declara culpada?” Ela disse: “sim”. O juiz baixou o martelo e multou-a em cem dólares ou dez dias de detenção. Depois aconteceu um fato admirável. O juiz ergueu-se de seu lugar, tirou sua toga, deu a volta e chegou à frente da mesa. Retirou a carteira do bolso e pagou a multa. Qual é a explicação para essa atitude do juiz? O juiz era o pai da jovem.
Ele amava a filha, mas era um juiz íntegro. A moça havia transgredido a lei, mas ele não poderia simplesmente dizer-lhe: “como eu a amo muito, eu a perdoo”. Se houvesse feito isso, ele não seria um juiz honesto. Porém, ele amava tanto sua filha que se dispôs a descer de sua posição, retirar sua toga e, diante de todos, apresentar-se como pai e pagar a multa.
Essa ilustração revela, de maneira comparativa, o que Deus fez por nós por meio de Jesus Cristo. Nós pecamos e o salário do pecado é a morte. Não importa o quanto Deus nos ame, Deus tinha de baixar o martelo e declarar a sentença: a morte, pois desobedecemos a Sua Lei. Deus é Santo e Justo, entretanto, sendo um Deus de amor, Ele ama-nos tanto, que Se dispôs a pagar o preço por nós. Jesus morreu em nosso lugar.
19 de Abril.
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